Na tarde desta terça-feira, a Câmara realizou sessão extraordinária para ouvir o secretário da Administração André Almeida Morais, para prestar esclarecimentos sobre os valores repassados em 2021 ao Consórcio PróUrbano à título de reequilíbrio econômico financeiro do contrato, e da nota enviada pelo consórcio à imprensa informando que o sistema está à beira do colapso e outros assuntos que se fizerem necessários.
A convocação foi provocada por requerimento de autoria do vereador Marcos Papa (Cidadania).
O secretário afirmou que é necessária elevação na qualidade do transporte público em Ribeirão Preto, e para isso foi homologado no início do mês de dezembro a contratação de empresa especializada para realizar estudos do equilíbrio econômico-financeiro do contrato, assim como a viabilidade de melhorias da frota de ônibus. A consultoria terá vigência de um ano, e assim poderá ser realizada uma revisão no contrato.
Sobre a condição do contrato, André afirmou que o mesmo foi instituído durante a gestão anterior, em 2012, e que não se encontra irregular.
Também foi informado que dos R$17 milhões repassados ao consórcio, restam ainda 2 milhões que serão liberados neste mês.
Os vereadores questionaram sobre os r
epasses, o futuro do transporte público, a legalidade do contrato, mas o secretário não respondeu objetivamente aos questionamentos. E preferiu focar na apresentação dos slides e comparativos com outras cidades.
O vereador Marcos Papa encerrou indignado que o secretário não soube responder sobre o custo de linhas, a reação do governo caso a PróUrbano descumpra a clausula que manda a substituição da frota de ônibus no próximo ano, e também sobre o descumprimento da prefeitura sobre a auditoria no contrato. “Essa manifestação de desejos que o secretário trouxe na apresentação seria muito louvável no primeiro ano de governo, não no sexto” finalizou o vereador.
Texto: Silvia Morais (MTB 77105/SP)
Fotos: Thaisa Coroado (MTB 50170/SP)
